Unificação do Escutismo em Cabo Verde em debate.

• Igreja Católica “separa-se” da Associação de Escuteiros de Cabo Verde
• Corpo de Escuteiros Católicos de Cabo Verde promove formação de liderança
• O 2º CONSELHO nacional do Corpo do Escutiso Católico (CEC-CV
• Conselho Nacional do Corpo de Escutismo Católico Cabo-verdiano elegeu nova direcção
• Novos dirigentes do Corpo de Escutismo católicos tomam posse.
• Escuteiros católicos de Santiago juntos “por uma região trabalhadora e solidária”
• Corpo do Escutismo Católico Chega a São Domingos

A pensar nos jovens católicos e na sua formação cristã e humana, o Bispo da Diocese de Santiago de Cabo Verde, D. Arlindo Furtado, propôs um novo caminho para o escutismo nacional: a unificação das duas Organizações de Escutismo que existem actualmente em Cabo Verde.

A proposta foi comunicada às chefias da Associação dos Escuteiros de Cabo Verde – AECV , e do Corpo do Escutismo Católico de Cabo Verde – CEC-CV. A estas ficou o papel de informar os outros dirigentes sobre a situação e trazer a avaliação e o sentimento dos demais para a mesa de negociação.

A pensar nos jovens católicos e na sua formação cristã e humana, o Bispo da Diocese de Santiago de cabo verde, D. Arlindo Furtado, propôs um novo caminho para o escutismo nacional: a unificação das duas Organizações de Escutismo que existem actualmente em Cabo Verde.

A proposta foi comunicada às chefias da Associação dos Escuteiros de Cabo Verde – AECV , e do Corpo do Escutismo Católico de Cabo Verde – CEC-CV. A estas ficou o papel de informar os outros dirigentes sobre a situação e trazer a avaliação o sentimento dos demais para a mesa de negociação.

Durante meses as reflexões sobre a proposta de D. Arlindo Furtado continuaram e o grupo que fazia a ponte com o bispo da Diocese de Santiago foi-se ampliando.

AECV São Domingos

Escuteiros AECV - São Domingos

No dia 20 de Junho do corrente ano os bispos das Dioceses de Santiago e de Mindelo de Cabo Verde tiveram um encontro com os chefes nacionais, regionais e de agrupamento da região 1 do CEC-CV e com as chefias da AECV para apresentação da intenção da unificação do escutismo.

A partir de então, a reflexão sobre o processo de unificação foi chegando a todos os escuteiros e chefes dos agrupamentos do CEC-CV e junto muitas preocupações. Preocupações, essas colocadas à junta central do CEC-CV no sentido de solicitar um encontro entre todos os dirigentes com o Bispo da Diocese de Santiago.

Neste momento, a proposta do Bispo D. Arlindo Furtado é a criação de uma comissão para revisão dos estatutos e do regulamento das duas «associações», com vista à criação de um único documento.

Até o dia 22/7, o CEC-CV deverá indicar o nome de três dirigentes que deverão integrar a referida comissão.

Escutismo em Cabo Verde

Em Cabo Verde existem dois movimentos escutistas, o mais antigo, a Associação de Escuteiros de Cabo Verde e o Corpo do Escutismo Católico de Cabo-verdiano.

Dados apontam que o 1º grupo de escuteiros tenha surgido em Cabo Verde na década de 60, no seminário de São José, na Praia, formado por um grupo de seminaristas orientado pelo padre André.

Em 1972, sob a orientação do Padre Sanches criou-se um grupo no liceu da Praia e outro na Calheta de São Miguel. Na mesma década foi criado o agrupamento de São Domingos.

Alguns anos depois o escutismo foi perdendo forças e tendendo ao desaparecimento.

Na década de 90, o movimento ganhou um novo fôlego com a criação da associação de escuteiros de cabo verde pelo então Bispo Dom Paulino Évora.

                                        

Membros de um Agrupamento CEC-CV

Anos mais tarde a relação entre a AECV e a Igreja Católica degradou porque havia chefias de grande peso na organização cuja visão e acção eram contrárias ao pensamento da Igreja Católica. Em termos simples, não queriam o envolvimento e orientação dos padres no Escutismo. Isto levou a um clima de tensão e desacordo que culminou com uma nova etapa do Escutismo em Cabo Verde. E este novo figurino do Escutismo aderiram a maior parte dos agupamentos que escolheram assumidamente pertencer a uma organização que professa a fé Católica.

Deve-se dizer em abono da verdade que a prática de certas chefias da AECV não coincidia com a de membros de certos agrupamentos que, enquanto indivíduos, eram e são católicos praticantes. Exemplo perfeito disso é o caso dos escuteiros AECV da paróquia de S. Nicolau Tolentino e S. Domingos. A contradição está no  facto de a organização não se identificar como católica, mesmo tendo membros católicos.

Assim, em Novembro de 2000 nasce um novo movimento escutista, o Corpo do Escutismo Católico, o CEC-CV. Uma nova associação aberta a todos os jovens católicos do arquipélago. Alguns padres como o pároco da Paróquia da Imaculada Conceição da Virgem Maria, investiram fortemente no escutismo católico. Aguardam o desfecho desse debate.

A CEC-CV cresceu e chegou, praticamente, a todos os cantos do país com a adesão de mais agrupamentos.

Actualmente cerca de três mil jovens cabo-verdianos fazem parte do movimento do CEC-CV.

Durante o ano desenvolvem várias actividades sempre com o objectivo de formar cidadãos activos conforme os valores cristãos e humanos, cidadãos que se comprometeram a estar “Sempre Alertas para Servir”.

Prometemos seguir esse debate pela definição de Que Escutismo para Cabo Verde?

Veja Fonte. 23 Julho 2011